domingo, 19 de agosto de 2007

Profissão do futuro


Profissão do futuro
por Luiz Carlos Bueno dos Santos

Novos tempos, novas situações, entramos na era da globalização, do acesso rápido as informações, dos avanços tecnológicos. Vivemos uma época de desenvolvimento e crescimento impressionantes, mas infelizmente todo este progresso não proporciona apenas vantagens, também temos que conviver com algumas intempéries trazidas por estas novidades. Dentre as principais modificações, estão as mudanças nas relações do trabalho.

Acompanhamos, ano após ano, um aumento substancial no número de desempregados. Vemos com imensa tristeza uma enorme massa de excelentes profissionais abandonados à própria sorte e, infelizmente, despreparados para esta adversidade que é ficar sem remuneração de uma hora para outra.

Pessoas que cresceram ouvindo dos pais e professores que a única forma de serem bem-sucedidas na vida seria estudando e se preparando para conseguir um bom emprego.

Todos os dias vemos inúmeras pessoas se lançando ao mercado de trabalho a procura da realização desta promessa, apregoada por toda uma vida, mas o que observam atônitos é que não há empregos para todos. Mesmo para aqueles que já conseguiram entrar no mercado de trabalho, existe hoje a possibilidade de terem a sua segurança de sucesso profissional e pessoal ceifada devido a uma demissão.

Vemos as pessoas se amontoando em filas intermináveis a procura de uma oportunidade profissional, muitas vezes aquém das suas capacidades e potencialidades, por acreditarem que esta é a única solução possível. Para os mais novos, o sonho do primeiro emprego e o início da caminhada. Para os mais experientes, a esperança de uma recolocação, uma possibilidade atraente e sedutora para resolver os seus problemas.

Na verdade, a espera pela oportunidade de trabalho se revela uma verdadeira tortura psicológica, isto sem contar as possíveis frustrações por serem preteridos ou rejeitados.

Nossa cultura trabalhista nos impulsiona para o sistema tradicional, para o mercado empregatício, para o sistema laborial que paga pelo tempo trabalhado e para o qual somos preparados desde pequenos.

Diante desta nova realidade, onde aprendemos que o emprego pode não ser a única maneira de sermos bem-sucedidos na vida, diante da falta de opção, a solução é buscar alternativas que possibilitem a subsistência e a satisfação profissional, procurar uma tábua de salvação que nos livre das nossas dificuldades e das nossas frustrações.

Muitos se submetem ao mercado informal, ao trabalho autônomo, o famoso bico, o serviço esporádico onde se pode, através dos conhecimentos adquiridos ou de pequenas vendas, obter um pagamento pelos trabalhos executados, até que o emprego apareça.

A surpresa é que muitas vezes estes serviços autônomos se revelam muito mais interessantes do que poderíamos supor. Muitos nesta fase resolvem abrir uma empresa e tornar o trabalho oferecido mais profissional e legítimo. Alguns são bem-sucedidos, outros, no entanto, viram partes de uma triste estatística que mostra que somente alguns poucos conseguem obter sucesso e manter as empresas abertas por mais de um ano de trabalho.

E lá se vão os sonhos novamente pelos ares, através de uma nova explosão da realidade, reflexo da situação funesta do nosso sistema de trabalho tradicional.

Não existem garantias e não existe o apoio contundente e necessário do governo para que as empresas desenvolvam-se e se firmem dentro do País. O que existe é uma imensa e abusiva carga tributária, um código civil recém atualizado, mas ainda inapropriado e conivente com os gananciosos, com os corruptos e com os mal intencionados. Uma estrutura financeira que não investe nas pequenas e micro empresas. E somados a estes fatores, temos ainda a inexperiência, a falta de preparo dos novos empreendedores. Todas estas dificuldades culminam com um número impressionante de falências. O que sobra da experiência é o conhecimento adquirido na aventura e a desilusão.

E o que resta para este enorme exército de desiludidos?

Sobra a fé, a esperança e a certeza de que a situação pode melhorar. E a nós é incumbida uma responsabilidade muito importante neste processo, pelo simples fato de podermos oferecer a eles uma solução. Nós temos uma oportunidade real que pode proporcionar uma vida melhor e mais digna a estas pessoas, o sistema de comercialização conhecido como Marketing Multinível. Um sistema que oferece uma possibilidade de trabalho com alto valor agregado. Remunerações atraentes que podem conduzir à independência financeira. Um sistema de trabalho que não nos aprisiona, que oferece a chance de recebermos pelo trabalho da equipe que viermos a formar, e não apenas pelo nosso próprio esforço, gerando para as pessoas mais tempo para desfrutar dos recursos originados. Sistema que possibilita o reconhecimento pelas suas qualidades, pelo seu conhecimento, pelos seus resultados e pela sua dedicação.

Somos nós os principais agentes da mudança na vida destas pessoas. Somos os responsáveis por propiciar a informação de que esta opção existe e é acessível a todos.

Quando nos deparamos com estas pessoas, o que precisamos fazer é mostrar a elas que existe esta outra opção para se tornarem bem-sucedidas. Mostrar que existe mais uma possibilidade delas conquistarem a liberdade que tanto anseiam. Que existe uma solução para obter os meios necessários para a resolução dos seus problemas e dificuldades. Você tem que dizer a elas que existe um sistema de trabalho chamado Marketing Multinível.

Você deve apresentar a oportunidade que possui e que também recebeu um dia.

Precisa conquistar a confiança delas, apresentar-se como um profissional bem- sucedido, demonstrar sua competência, sua segurança, sua certeza, sua honestidade.

Expor a situação existente e mostrar que o MMN é uma possibilidade real, que não é um deslumbramento ou um devaneio de sua cabeça, falar da sua empresa, mostrar a estas pessoas os seus resultados, aguçar a curiosidade e esperar que elas perguntem, que elas queiram mais informação.

Lembrem-se que para a maioria das pessoas o que é bom não é oferecido, o que é bom precisa ser conquistado. A partir da demonstração de interesse, marque um horário ou local onde ela possa obter estas informações, valorize a oportunidade e ela sentirá que vale a pena obtê-la.

Seja paciente com estas pessoas, transporte-se para o tempo em que você também não conhecia o sistema Multinível e lembre-se de como você era, como estava, como se comportava, como recebia estas tais oportunidades que tentavam te empurrar. O que dizia, o que pensava, o que fazia. Se você conseguiu se lembrar, então pode partir do pressuposto que as pessoas com quem vai falar, podem se comportar do mesmo jeito que você, e assim sendo devem receber de você o tratamento que você recebeu quando conheceu a sua oportunidade.

As pessoas não estão contra você, não estão contra a sua oportunidade, o que elas não aceitam é o que elas não conhecem e o que não entendem. O medo do desconhecido e do novo é o que faz elas recusarem as oportunidades.

Nossa obrigação é ensiná-las, é transmitir o conhecimento que possibilitará a elas a decisão de trilhar um novo caminho. Acima de tudo precisamos ter a consciência que somos como guias, professores, facilitadores, e a nossa missão é apresentar às pessoas, a excelente oportunidade de se desvencilhar do paradigma que venda os seus olhos e impossibilita suas chances reais de sucesso. Emprego é coisa do passado, a solução para o futuro é o Marketing Multinível.

Luiz Carlos Bueno dos Santos é líder de Marketing Multinível.

A Imagem do Marketing de Rede no Brasil

A Imagem do Marketing de Rede no Brasil
por Sergio Buaiz

Desde que encerramos as atividades do Instituto MLM Brasil, no final de 1999, me afastei do dia-a-dia das redes para dar prosseguimento à carreira de escritor e consultor de empresas. Entretanto, por mais que eu quisesse investir em outras áreas profissionais, não havia como esquecer aquela época maravilhosa que lideramos entre os anos de 1996 e 1999.

O Jornal Estágio 10 teve uma importância maior do que eu imaginava. Quem diria que aquela publicação simples, de poucas páginas e periodicidade irregular, fosse fazer falta a um mercado bilionário como esse?

Pois bem, durante todo esse tempo colecionei telefonemas, cartas e e-mails dos quatro cantos do País, de pessoas querendo assinar aquela publicação. Talvez por terem recebido a reprodução de algum artigo, ou acessado referências pela internet, aqueles novos líderes de Marketing de Rede queriam se manter informados sobre a indústria que escolheram para investir suas vidas. E era com tristeza que eu respondia: "infelizmente, o Estágio 10 foi extinto".

Porém, a saudade daquele tempo, juntamente com a demanda crescente por informações sérias sobre esse mercado, me levaram a acreditar que a nossa missão vai muito além das 25 edições que fizeram a história do Jornal Estágio 10 (conhecido também como Vendas Diretas & Marketing de Rede, a partir do nº 19). Hoje, tenho a certeza de que aquela fase foi apenas um teste para o que ainda vamos fazer daqui por diante, através do recém-inaugurado Portal Marketing de Rede. Afinal, uma publicação em defesa da "Imagem do Marketing de Rede no Brasil" nunca foi tão desejável quanto agora, não é mesmo?

Para os que não tiveram a oportunidade de acompanhar aquele tempo, começamos a reproduzir alguns dos melhores artigos publicados no Jornal Estágio 10. Já estão no ar colaborações inestimáveis dos amigos Paulo de Tarso Sprint, Clary dos Santos, Melck Aquino, Denílson Braga e muitos outros que nos ajudaram a disseminar idéias positivas sobre o nosso mercado.

Além disso, colocamos no ar um sistema de notícias rápidas, com informações sobre a indústria no Brasil e no mundo. Aos poucos, novos serviços serão agregados para facilitar o intercâmbio e a troca de experiências entre os nossos leitores, em uma comunidade positiva e participativa.

Talvez a importância deste projeto ainda não fique muito clara para os distribuidores iniciantes, mas todos que vivem efetivamente do Marketing de Rede sabem que o nosso mercado carece de maiores esclarecimentos, sobretudo para adquirir o merecido respeito junto ao governo, imprensa e opinião pública em geral. O Portal Marketing de Rede vem justamente cumprir este papel, promovendo as empresas que atuam dentro da lei e oferecem oportunidades reais de crescimento pessoal e profissional.

Não queremos, de forma alguma, destacar uma ou outra empresa como sendo "a melhor oportunidade", pois sabemos que cada empresa atua em determinado nicho de mercado, e atraindo um público específico. As vantagens e desvantagens de cada programa são relativas e a avaliação individual deve ser respeitada.

Queremos, contudo, mostrar que somos uma indústria próspera e cada vez mais organizada no País. Vamos divulgar os números que a posicionam como um dos negócios que mais evoluem no mundo, com resultados expressivos e inquestionáveis. Talvez esta seja a única forma de combater os preconceitos e o receio com que muitos brasileiros ainda enxergam essa atividade.

Por tudo isso, contamos muito com a sua colaboração. Seja através de artigos, comentários, informações sobre o mercado ou simplesmente com a divulgação do nosso trabalho, você pode contribuir para a melhora contínua da "Imagem do Marketing de Rede no Brasil".

Seja muito bem-vindo ao Portal Marketing de Rede!


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terça-feira, 7 de agosto de 2007

Por que razão o Marketing Multinível está posicionado para conduzir a próxima maior potência econômica?



Mais um artigo do site do nosso amigo Sérgo Buaiz!
http://www.chance.com.br/nk/artigos.php?cat=6

MLM: Mercado
Paul Zane Pilzer fala sobre o próximo trilhão
Por que razão o Marketing Multinível está posicionado para conduzir a próxima maior potência econômica?
por John Milton Fogg

Um terremoto está para chegar. De fato, os seus primeiros tremores já começaram. As fundações econômicas estão perceptivelmente a tremer; há rachaduras finíssimas a alastrar ao longo das paredes de estuque dos nossos hábitos domésticos de consumo; os quadros perfeitamente emoldurados da atual realidade fiscal estão começando a cair dessas paredes. Parece que vai atingir 8 graus (ou mais), na escala econômica de Richter e só um homem parece ser capaz de ouví-lo chegar.

Todas as gerações, entre milhares de comentadores sociais brilhantes ou meramente inteligentes, produzem um ou dois visionários, com visões espetaculares, capazes de ultrapassar os limites da sua própria especialidade e irromper por entre todas as disciplinas. Temos os nossos Benjamin Franklins, os nossos Buckminster Fullers e... Paul Zane Pilzer, o homem que capta as mudanças sísmicas na nossa economia.

O Sr. Pilzer prontamente assume que não tem qualquer bola de cristal: tudo se encontra nas informações. Contudo, o autor por três vezes "best-seller" do New York Times e assessor econômico de duas administrações presidenciais, tem uma habilidade extraordinária para reunir uma grande quantidade de fatos e números e daí retirar um significado relevante. As suas visões extraordinárias têm atraído, há mais de uma década, as atenções dos distribuidores de Marketing Multinível.

Agora, ele está de volta com uma nova mensagem: estamos testemunhando o nascimento explosivo de uma nova indústria de um trilhão de dólares e os distribuidores por todo o mundo estão posicionados para estarem na vanguarda dessa explosão.

Após dois séculos de oportunidade econômica para os pioneiros da fabricação, entra-se agora na era da distribuição. Atualmente, quem vai ter a maior oportunidade de riqueza são aqueles que concordam com o que o Sr. Pilzer chama de "distribuição intelectual". O mesmo conceito que descreve o Marketing Multinível.

NML: Sr. Pilzer, você foi o primeiro economista de renome a pronunciar-se favoravelmente sobre o Marketing Multinível. O que é que de início lhe chamou a atenção para este negócio?
Acho que seria mais exato dizer que foi o negócio que me encontrou. Tudo começou com o meu livro escrito em 1990, "Riqueza Ilimitada", que analisava os diferentes setores da nossa economia e projetava algumas mudanças interessantes para o ano 2000.

Nos anos 70 e 80, disseram-nos: "O que está errado com a América é que nós não fazemos as coisas". Então, os jovens inteligentes daquela época começaram a fazer as coisas. De fato, fizeram-nas tão bem que reestruturaram completamente a economia a varejo, ao converterem todas as matérias-primas caras em plásticos e o trabalho em processos de fabricação automatizados e flexíveis. Tomemos, por exemplo, um produto de 300 dólares. Pode ser qualquer coisa: uma televisão, uma máquina fotográfica, um vestido. Nos anos 60, os custos de fabricação deste produto eram de 150 dólares. Cerca de 50 % do custo deste produto estava na fabricação e os restantes 50 % na distribuição. Por volta dos anos 90, o mesmo produto continuava a ser vendido por 300 dólares, mas com muito melhor qualidade geral apesar do custo de fabricação ter caído de 150 para 15 ou 20 dólares!!! Agora 80 a 85% do custo dos produtos estava na distribuição e apenas 15 a 20% na fabricação.

Em 1990, no livro "Riqueza Ilimitada", eu explicava que as maiores oportunidades de riqueza já não residiam na fabricação mas sim na distribuição. E o livro previa que isto continuaria, pelo menos, durante a próxima década. Por essa razão, as pessoas mais ricas do mundo em 1990 eram aquelas que tinham encontrado melhores maneiras de distribuir produtos e não melhores maneiras de fabricar produtos.

NML: Pode-nos dar alguns exemplos dessas "pessoas mais ricas", que fizeram fortuna a partir da distribuição?
Em 1961, Sam Walton fundou uma empresa que se comprometeu a nunca fazer a sua própria marca e a divulgar unicamente produtos de outras marcas. Por volta de 1990, não só o Walmart era o maior varejista do mundo, mas Sam Walton era também a pessoa mais rica - um homem que venceu na vida ao distribuir os produtos de outras pessoas. (A propósito, Sam Walton tinha em alto conceito "Riqueza Ilimitada" e apoiou enfaticamente o livro).

Em 1990, Fred Smith foi considerado o empresário de uma companhia aérea com mais êxito. Em 1976, tinha fundado uma companhia aérea com uma frota própria de aviões e pilotos, no entanto, não transportava pessoas! O único objetivo da Federal Express era transportar mercadorias – distribuição – uma idéia inaudita em 1976.

Ross Perot foi uma das pessoas mais ricas do mundo em 1990. Fundou uma empresa de computadores no valor de 3,5 bilhões de dólares, que nem fazia software nem hardware. O que é que fazia o EDS? Distribuía o software e hardware de outras pessoas.

NML: De que maneira as suas observações sobre riqueza e distribuição chamaram a atenção dos distribuidores de Multinível?
Nesse ano, participei por três vezes no programa "Larry King Live". Estava explicando o livro num desses programas e um indivíduo distribuidor de uma companhia de Marketing Multinível estava por acaso vendo o programa. Ele, um Executivo Sênior altamente graduado na sua companhia, chamou a atenção do mais graduado Executivo Sênior para o programa. Estes e muitos dos seus colaboradores leram o livro e disseram: "Olha, aqui está uma análise econômica do porquê do funcionamento do nosso negócio. Este cara não faz idéia do que é o Marketing Multinível, mas sabe por que razão funciona!"

Eu não fazia idéia do que era a companhia. Nem sequer sabia o que era o Marketing Multinível. Não estava tentando promover nada, talvez a razão pela qual a minha pesquisa tenha sido tão bem sucedida. Estava apenas utilizando informações empíricas e analisando a distribuição na América e no mundo. Os colaboradores desta companhia decidiram convidar-me como orador para lhes explicar o que eu tinha falado no "Larry King Live". Foi assim que tudo começou.

NML: Isso foi há mais de uma década e desde então tem sido uma referência para todos os distribuidores de Multinível. Obviamente o seu pensamento não parou de evoluir. O que é que tem acontecido nos últimos 10 anos?
Modifiquei bastante a minha perspectiva. Em 1990, as oportunidades ainda se baseavam na distribuição física dos produtos. Desde então, temos assistido a uma mudança drástica. No meu novo livro, "O Próximo Trilhão", divido a distribuição em duas funções: física e intelectual.

A distribuição física significa levar o produto ao consumidor – produtos que o consumidor já sabe que quer. O Walmart é assim: sabemos exatamente aquilo que queremos quando vamos ao Wal Mart: entramos, escolhemos e saímos da loja. Não aprendemos lá nada de novo.

A distribuição intelectual ocorre quando aprendemos algo sobre um novo produto ou serviço que não sabíamos que existia. Até 1990, as grandes oportunidades para fazer fortunas com a distribuição, as oportunidades dos Fred Smiths; Ross Perots e Sam Waltons, residiam na distribuição física. Hoje, as grandes oportunidades estão na distribuição intelectual.

NML: Por exemplo...?
Em 1999, um homem de negócios foi reconhecido pela revista Time como o homem do ano (fato especialmente significativo, visto ser muito raro um homem de negócios ganhar essa distinção). De quem se tratava? Jeff Bezos, que revolucionou a distribuição de livros com a amazon.com.

Agora, vejamos mais em pormenor: Jeff Bezos está realmente no negócio da distribuição intelectual. Uma pessoa não assina a amazon.com só para receber o livro fisicamente; assina para aprender sobre o livro. Lê as várias críticas; vê outros livros dentro da mesma categoria e pode mesmo consultar o site só para descobrir se existe algum livro relativo a um determinado assunto.

Na verdade, o grande crescimento da distribuição física, que eu descrevi na "Riqueza Ilimitada", já se verificou. As fortunas que tinham de ser feitas já o foram na grande maioria. As fortunas que serão feitas no novo milênio – pelo menos na primeira década do novo milênio – serão mais de distribuição intelectual: educar os consumidores sobre produtos e serviços que irão melhorar as suas vidas e de cuja existência eles nem sequer sabem.

NML: Porque é que é aí que estão as verdadeiras oportunidades hoje em dia?
Porque é esse precisamente o principal entrave. Houve uma altura em que os dois aspectos da distribuição – o físico e o intelectual – estavam normalmente associados debaixo do mesmo teto. Isso já não acontece.

Se tiver a minha idade, ainda se deve lembrar das primeiras vezes que entrou numa loja e pensou consigo: "Meu Deus, sei mais sobre este produto do que o empregado que está a vendê-lo!" Há 25 anos atrás, isso era chocante. Quem é que pensava em abrir uma loja em que o empregado não soubesse nada sobre o produto?

Atualmente, isso é universalmente aceito. Hoje em dia, espera-se que o consumidor conheça o produto. Existem ainda alguns varejistas de especialidade, como é o caso da Nordstrom. Mas, no geral, os varejistas abandonaram por completo a função tradicional de ensinar as pessoas sobre os produtos. Em vez disso, focaram-se na função de entregar o produto de forma eficiente e barata.

Vá a um stand de automóveis e fale com o vendedor: será que aquele vendedor possui o carro de que estão falando? Provavelmente não. Vá a uma loja de eletrônicos: quantas vezes encontra um vendedor que possui realmente o produto que está pensando em comprar - ou que tenha sequer possibilidades de ter um? Raramente. O negócio daquelas pessoas é mostrar-lhe a prateleira onde pode encontrar o produto. Não estão ali para lhe ensinar o que é.

NML: Então, onde é que aprendemos atualmente?
Esse é o problema. Atualmente, o ritmo da mudança tecnológica está acelerando rapidamente, independentemente da indústria. Quando aprendemos sobre um produto e estamos prontos para comprá-lo, sabe o que acontece? Já existe um melhor! Onde é que aprendemos sobre este último? Em lugar nenhum. É isso que está faltando. É esse o entrave na nossa economia. Fale com qualquer fabricante e ele vai dizer-lhe: "Estamos vendendo os modelos A, B, C, e D; o modelo novo, o F, é sete vezes melhor, até está com melhor preço, mas ninguém o compra ainda!" Por que razão? Porque ainda não sabem nada sobre ele. A isto chama-se "backlog".

Eu constatei isso quando desenvolvemos um software educacional no início dos anos 90: ali estava um produto que podia mudar radicalmente a vida de uma criança, mas tornava-se mais caro informar as pessoas sobre o produto do que produzi-lo. Até encontrarmos uma empresa de marketing multinível no decorrer dos anos 90, estávamos bastante adormecidos: tínhamos novos produtos espetaculares, mas não tínhamos maneira de informar o consumidor da sua existência.

NML: De que maneira o Marketing Multinível, ao fazer isso, contrasta com as formas de marketing mais tradicionais, como é o caso da publicidade ou outros canais de massa?
O Marketing Multinível, atualmente, é quase no seu todo distribuição intelectual. Quando um distribuidor de Multinível discute um produto com o consumidor, não entrega pessoalmente esse produto. Pode servir-se dos Correios ou de qualquer outro serviço de entrega para que o produto chegue ao consumidor.

Ainda mais fascinante é o fato de atualmente o Marketing Multinível ser feito tipicamente pessoa a pessoa por alguém que também é utilizador do produto. Ao contrário do vendedor de automóveis, de eletrônicos ou de vestuário, o distribuidor de Multinível é um utilizador experimentado, conhecedor e entusiamado com o produto que lhe está sendo solicitado.

As empresas que prosperam no Marketing Multinível vão centrar-se quase por completo na distribuição intelectual, ensinando as pessoas acerca de novos produtos e serviços que irão melhorar as suas vidas. Aquelas que realmente vão distinguir-se terão algum tipo de tecnologia única e própria. E não apenas única, mas eficaz – melhor do que qualquer outra existente.

NML: Portanto, observou o impacto da oportunidade passar da fabricação para a distribuição física e agora para a distribuição intelectual. Em que mais aspectos mudou a sua maneira de pensar? Qual é o tema principal do "Próximo Trilhão"?
Comecei por focar-me nas grandes necessidades da América, o que me encaminhou para algumas direções surpreendentes. As pessoas pensam nas suas necessidades de uma maneira muito mundana: "Preciso de um vestido novo que não me faça parecer gorda", ou "Preciso de um carro que gaste menos". Eu olhei para a situação a um nível mais abrangente: temos necessidades mais fundamentais, como comer, dormir, ser saudável, ter instrução. Enquanto estudava cuidadosamente as condições atuais, descobri que a maior necessidade da América, hoje em dia, é o bem-estar.

NML: Pode definir "bem-estar"?
Eu defino "bem-estar" em termos do dinheiro gasto para nos sentirmos mais saudáveis, .... Para nos fazer sentir mais fortes; para nos fazer ver melhor; para nos fazer ouvir melhor. Enfim, para combater aquilo a que poderíamos chamar os sintomas do envelhecimento.

NML: Porque lhe chama o "próximo" trilhão?
No ano 2000, a indústria do bem-estar na América já ascendia a 200 bilhões de dólares; cerca de metade disso corresponde a 24 bilhões gastos em academias de ginástica, mais 70 bilhões gastos em vitaminas e minerais. Estes 200 bilhões, há dez anos atrás, eram apenas uma miragem.

NML: Quem está gastando esse dinheiro?
Na sua grande maioria, os Baby Boomers: pessoas prósperas com idades compreendidas entre os 35 e os 55 anos. Os Baby Boomers são uma força econômica poderosa e todo o mercado de compra e venda sabe disso. Representam apenas 28% da nossa população mas, a nível econômico, representam quase 70%.

Os Baby Boomers são a primeira geração que conhecemos, ao longo da história de que há registro, que se recusa a aceitar o processo de envelhecimento. Este aspecto é fascinante do ponto de vista do marketing. Repare nos carros que eles compram: são estilo "retro", desenhados para fazer com que eles se sintam nos tempos do liceu. Repare nas roupas que eles compram: também são "retro" – parecem as roupas que eles queriam ter comprado mas não podiam quando andavam no liceu.

Até agora, a intenção de marketing relativa ao Baby Boomer tinha andado à volta de como fazê-lo sentir-se mais jovem, como ajudá-lo a relembrar o que era ser jovem. Agora, avançou um passo. Hoje, os Boomers estão a começar a comprar coisas que, de fato, os tornam mais jovens!

Isto está apenas começando. A maioria das pessoas nem sequer sabe que existe este tipo de produtos. Quando o resto deste grupo dos 50% do poder de compra aprender sobre bem-estar, o setor vai explodir. Já passou de virtualmente 0 em 1990 para 200 bilhões nos dias de hoje. É fácil de ver que estes 200 bilhões vão se transformar num trilhão – ou mais – por volta do ano 2010.

NML: Tem reações das pessoas, do tipo: "O quê... um trilhão de dólares?"
Sim, todos os dias. Mas veja a coisa em perspectiva. O primeiro computador da IBM surgiu em 1981 e, em 1990, as vendas de computadores excederam as vendas de automóveis. Ninguém sabia o que era a Internet em 1990 e os consumidores só foram autorizados a aceder à Internet com as suas próprias contas e endereços eletrônicos privados em 1995. Em 2000, a esmagadora maioria da nova riqueza e dos novos milionários deste país estavam sendo criados pela Internet. Dada a rapidez com que estas novas indústrias crescem, um trilhão de dólares em bem- estar por altura do ano 2010 começa a parecer uma previsão conservadora.

NML: Será que a necessidade da distribuição intelectual se aplica à indústria do bem-estar?
Completamente. Por definição, todo o bem-estar é nova tecnologia. Não existe virtualmente nenhum lugar onde se possa aprender sobre isso. Se for a uma clínica convencional de perda de peso, eles estão empenhados em vender-lhe os seus próprios produtos alimentares processados. Não lhe dão quaisquer lições de bem-estar. A informação simplesmente não existe. Toda a investigação no negócio da medicina é sobre doenças. Para onde é que o consumidor se volta?

A única forma de aprender sobre bem-estar é através de alguém que nos esteja próximo e que já tenha tido uma experiência de bem-estar. Vemos o colega de quarto da faculdade e dizemos: "Meu Deus, João, está o máximo! Está com um ar tão saudável! O que é que você fez?" Tropeçamos numa experiência de bem-estar e começamos a descobrir que existe toda uma indústria de bem-estar, com todo o tipo de novos produtos e serviços.

Não se poderia ter acesso ao bem-estar há 10 ou 15 anos atrás, porque não existia qualquer indústria do bem-estar. A maior parte destes produtos e serviços estão saindo neste momento do laboratório. E quando olhamos para esses laboratórios e vemos o que está por vir, apercebemo-nos de que este negócio vai mesmo levantar vôo. De tudo aquilo em que eu tenho me envolvido, a indústria do bem-estar parece-me, neste momento, a mais entusiasmante.

NML: Qual é a ligação que vê entre o Marketing Multinível e esta revolução do bem-estar?
Tem basicamente a ver com a diferença entre aquilo a que eu chamo "ensinamento ativo" e "ensinamento passivo". Os meios de publicidade convencionais não são eficazes em transmitir aquilo a que eles chamam informação "intelectualmente inovadora", o que é um eufemismo para "idéias novas".

Pense por um minuto na forma como vê televisão. Está bem confortável e relaxado no seu sofá e a última coisa que quer é ser confrontado com nova informação. De fato, quando realmente vemos algo que nos desafia, algo que está em desacordo com aquilo que sabemos ou pensamos que é verdadeiro, o que é que fazemos?

NML: Mudamos de canal...
Exato! A televisão é um meio muito passivo para se aprender e, por isso, não podemos utilizá-la realmente para ensinar novas idéias. O mesmo se passa com os jornais. Eu costumava escrever regularmente artigos de opinião para vários jornais, como o New York Times. Às vezes, estava numa festa entusiasmado com um artigo que eu tinha escrito e perguntava a um amigo: "Então, o que é que achou do meu artigo sobre este ou aquele assunto?", e ele dizia-me: "Paul, eu não leio as suas coisas. Sou Democrata!" Geralmente, não lemos os artigos de opinião que nos desafiam. Só lemos aqueles que reforçam aquilo que já pensamos.

A maior parte das nossas fontes de informação tornou-se hoje em dia num meio passivo. Não gastamos o nosso tempo com elas para sermos desafiados. Quando realmente nos deparamos com uma coisa que nos desafia, mudamos de canal ou lemos outra coluna.

A única altura em que aprendemos ativamente, ou seja, em que começamos de fato a receber e a ter em conta informação nova, é quando estabelecemos um diálogo com alguém. Primeiro, a pessoa diz algo com que não concordamos. Aí, pensamos: "Oh, isso não é verdade." Talvez não digamos nada por mera educação, mas a nossa cara reflete o nosso desacordo. Isso inicia um diálogo: ela acrescenta um pouco mais; nós respondemos e... gradualmente, o diálogo começa a alterar a nossa mente.

A informação correta sobre dieta, nutrição, vitaminas, minerais e suplementos é quase toda ao contrário daquilo que ouvimos da nossa comunidade médica. Para muita gente, vai completamente contra a maneira como fomos educados. Existe por aí tanta informação incorreta: as pessoas ficam condicionadas por ela. Quando ouvem pela primeira vez informação nova e boa, é normal que sejam céticas. A única forma de mudarem realmente o seu paradigma ou começarem a aprender nova informação, é pessoa a pessoa - visto estarem ativamente empenhadas numa conversa.

Isto não acontece do dia para a noite. Podem ser precisas três, quatro, cinco ou seis conversas com pessoas diferentes para mudarmos realmente a nossa opinião. É por isso que o bem-estar (que, para tanta gente, é tão obviamente uma informação que muda o paradigma) realmente funciona melhor num ambiente interativo de um para um, como é o caso do Marketing Multinível.

NML: O que é que prevê para a próxima década, Paul?
Vejo uma indústria do bem-estar no valor de um trilhão de dólares no ano de 2010.

Vejo grandes oportunidades para o Marketing Multinível e para os seus distribuidores.

Vejo certas empresas de Marketing Multinível a liderarem essa indústria, visto serem a maneira mais rápida de espalharem a nova informação.

Vejo grandes oportunidades para a indústria do Marketing Multinível, por ser atualmente o melhor veículo que temos, nos Estados Unidos e no mundo, para educar as pessoas sobre novos produtos e serviços. Existe uma grande janela de oportunidade, para as empresas de Marketing Multinível, para ensinarem os consumidores acerca de produtos e serviços do bem-estar.

Mas vejo também grandes desafios para as empresas de sucesso de Marketing Multinível, especialmente as envolvidas no bem-estar, à medida que a tecnologia for evoluindo. Estas empresas precisam ser flexíveis, para poderem manter-se à frente na nova tecnologia. Os melhores produtos e serviços de bem- estar de ontem podem não ser os melhores produtos e serviços de amanhã.

A indústria dos computadores pessoais é uma boa analogia: empresas inteiras surgiram e desapareceram porque fizeram, por exemplo, o melhor software para fax... até surgir alguém com um software para fax melhor; ou porque fizeram o melhor cartão para um monitor... até todos os computadores começarem a vir já com o cartão incorporado.

Muitos dos produtos que hoje são do Marketing Multinível vão passar para o varejo tradicional bastante depressa. Já se observa isso com a glucosamina e um grande número de outros suplementos: estão começando a entrar nos canais convencionais de varejo. Os distribuidores de Multinível, para permanecerem competitivos, vão ter de se manter à frente nas novas tecnologias.

Vejo esta indústria consolidando-se. Muitas das empresas mais pequenas de Marketing Multinível não terão dinheiro suficiente para a Pesquisa e Desenvolvimento de que necessitam para competirem com as novas tecnologias. Vejo fusão de empresas, bem como empresas a alargarem a sua gama de produtos. As empresas que puderem ir ao encontro de mais necessidades dos seus consumidores são as que terão mais sucesso.

Vejo verdadeiras experiências clínicas. Os produtos do negócio do bem-estar estão encaminhando-se para uma era de grande controle de qualidade. Atualmente, entre um terço a metade dos frascos que se encontram nas lojas não contêm o que está expresso nos rótulos, porque o negócio não está regulamentado. A empresa que tenha como único negócio o bem-estar tem muito mais a perder se cometer um erro: muitas vezes, tem melhor controle de qualidade. Em última análise, nenhuma das empresas de bem-estar de sucesso se pode dar ao luxo de ter um produto de má qualidade no mercado.

NML: Como rabino em meio-período e alguém que é vegetariano (como afirma no seu livro, por razões espirituais), ficou bastante apaixonado pelo bem-estar, não acha?
Tornou-se uma espécie de missão para mim e creio que também o é para os distribuidores de Multinível.

Por muito que uma pessoa tenha em conta os benefícios financeiros e de estilo de vida deste negócio, nada é tão gratificante como modificar uma vida e as vidas de todas as pessoas que estão relacionadas com aquela vida. Se pudermos adicionar 5, 10 ou 15 anos à vida de alguém, pense nos filhos e na mulher ou no marido dessa pessoa. Há uma inter-relação maravilhosa entre todos nós no mundo hoje em dia, e quando podemos dar a alguém o dom do bem-estar, melhorar a qualidade da sua vida todos os dias ou mesmo prolongar essa vida, é realmente maravilhoso.

Mas não se engane: há uma crise, uma tendência de proporções epidémicas caminhando em direção oposta no resto da América. Neste momento, o Marketing Multinível, para mim, é a única força no horizonte capaz de efetuar este tipo de mudança enorme.

Paul Zane Pilzer é um mundialmente renomado economista, um multimilionário empreendedor de software, professor adjunto, assessor econômico de duas administrações presidenciais e autor de três best-sellers.

Fonte: Network Marketing LifeStyles

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